Aumenta nível de instrução da população piauiense, diz IBGE



O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou resultados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), com informações sobre a educação no país. Os resultados da pesquisa irão subsidiar os governos federal, dos estados e municípios em seus planejamentos de políticas públicas com vistas à melhoria da educação no país.

Dentre os destaques da pesquisa para o Piauí, temos que o nível de instrução da população tem apresentado um crescimento contínuo na série histórica, de 2016 a 2023. No Piauí, a proporção de pessoas de 25 anos ou mais de idade que terminaram a educação básica obrigatória, ou seja, que concluíram no mínimo o ensino médio, manteve uma trajetória de crescimento desde 2016, quando esse indicador foi de 32,6%, tendo chegado a 42,7% em 2023, uma elevação de 10,1 pontos percentuais no período.


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 Nesta sexta-feira (22/03), o IBGE divulgou resultados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), com informações sobre a educação no país. Os resultados da pesquisa irão subsidiar os governos federal, dos estados e municípios em seus planejamentos de políticas públicas com vistas à melhoria da educação no país.

Dentre os destaques da pesquisa para o Piauí, temos que o nível de instrução da população tem apresentado um crescimento contínuo na série histórica, de 2016 a 2023. No Piauí, a proporção de pessoas de 25 anos ou mais de idade que terminaram a educação básica obrigatória, ou seja, que concluíram no mínimo o ensino médio, manteve uma trajetória de crescimento desde 2016, quando esse indicador foi de 32,6%, tendo chegado a 42,7% em 2023, uma elevação de 10,1 pontos percentuais no período.

Sob a ótica da cor ou raça no Piauí, percebemos que a população de cor ou raça branca apresentou uma evolução no nível de instrução, tendo passado de 42,4% em 2016 para 49,9% em 2023. Por sua vez a população preta ou parda passou de um nível de instrução de 30,2% em 2016 para 40,8% em 2023. Assim, em 2023, a população preta ou parda apresentava um nível de instrução de cerca de 9,1 pontos percentuais a menos que a população branca do estado.

Analisando-se o nível de instrução quanto ao sexo no Piauí, temos que os homens passaram de um nível de instrução de 28,3% em 2016 para 37,4% em 2023, um crescimento da ordem de 9,1 pontos percentuais no período. Por sua vez, o nível de instrução das mulheres passou de 36,7% em 2016 para 47,6% em 2023, crescimento de cerca de 10,9 pontos percentuais no período. Assim, no período da série histórica, verificou-se que as mulheres apresentaram um crescimento no nível de instrução maior que o observado para os homens e, especificamente em 2023, o nível de instrução das mulheres superava o dos homens em 10,2 pontos percentuais.

No Piauí, cerca de 57,3% das pessoas de 25 anos ou mais de idade não tinham o nível de instrução básico obrigatório, até o ensino médio, tendo se observado os seguintes indicadores por nível de instrução: 12,6% não tinham instrução; 33,9% tinham apenas o ensino fundamental incompleto ou equivalente; 6,1% tinham o ensino fundamental completo ou equivalente; e 4,8% tinham o ensino médio incompleto ou equivalente.

Cresce a frequência de crianças em creches no Piauí, mas ainda não atinge meta de 50% de atendimento

Para auxiliar no monitoramento do acesso, do atraso e da evasão do sistema de ensino brasileiro, um dos indicadores utilizados como referência é a taxa de escolarização, que retrata a proporção de estudantes de determinada faixa etária em relação ao total de pessoas dessa mesma faixa etária.

No Piauí, em 2023, a taxa de escolarização (frequência à creche) entre as crianças de 0 a 3 anos foi de 36,9%, inferior à média brasileira de 38,7%. Comparando-se com o indicador do ano de 2016 para o Piauí, que foi de 22%, percebe-se um crescimento da taxa de escolarização da ordem de 76%. Apesar desse crescimento, ainda não foi atingida a meta do Plano Nacional de Educação (PNE) que preconiza que até 2024 o atendimento deveria ser, no mínimo, de 50% das crianças. O principal motivo alegado para as crianças não estarem frequentando creche na região Nordeste, foi por opção dos pais ou responsáveis (55,6%). Na sequência, o segundo motivo mais alegado foi a inexistência de creche, falta de vaga ou a criança não foi aceita por conta da idade (38,9%). Outros motivos representaram 5,5% das alegações de não frequência à creche. São informações obtidas pelo módulo de educação da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) do IBGE.

Entre as crianças de 4 a 5 anos de idade, a taxa de escolarização (frequência à escola) no Piauí foi de 98,3% em 2016 e avançou para 98,8% em 2023, um crescimento de 0,5 ponto percentual no período. O indicador de 2023 do Piauí superou o do Brasil, que ficou em 92,9%, ou 5,9 pontos percentuais abaixo em relação ao do Piaui. Já na faixa de idade de 6 a 14 anos, a taxa de escolarização no Piauí em 2016 foi de 98,9%, tendo evoluído para 99,4%, praticamente quase alcançando-se a universalização das crianças naquela faixa etária. No Brasil, em 2023, aquela faixa etária também atingiu o mesmo patamar de taxa de escolarização observado para o Piauí.

Para os jovens de 15 a 17 anos, a taxa de escolarização no Piauí em 2016 foi de 88,1%, tendo passado para 90,6% em 2023, crescimento de 2,5 pontos percentuais no período. No Brasil, em 2023, a taxa de escolarização para essa faixa etária ficou em 91,9%, pouco acima da registrada para o Piauí, e sem alcançar a universalização de acesso à escola estabelecida como meta pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB).



Para a faixa etária de 18 a 24 anos, a taxa de escolarização no Piauí em 2016 havia sido de 35% e caiu para 32% em 2023, redução de 3 pontos percentuais. No Brasil, em 2023, a taxa de escolarização dessa faixa etária foi de 30,5%, ou seja, cerca de 1,5 ponto percentual abaixo da registrada para o Piauí. Observa-se que para essa faixa etária há uma abrupta redução da taxa de escolarização em relação à faixa etária de 15 a 17 anos, em razão dos jovens que, após encerrarem seus estudos no nível médio, optaraem por não seguirem seus estudos em curso superior face à necessidade de começar a trabalhar.

Em 2016, para as pessoas de 25 anos ou mais de idade a taxa de escolarização no Piauí foi de 4,8% tendo passado para 4,6% em 2023, redução de 0,2 ponto percentual no período. No Brasil, em 2023, a taxa de escolarização foi de 5%, cerca de 0,4 ponto percentual acima do observado no Piauí.

Piauí tem o terceiro maior indicador do país de alunos estudando em universidades públicas

A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) do IBGE divulgou informações do módulo de educação, que apontam que no Piauí em 2016 o indicador de alunos que estavam em curso superior(graduação) em universidades públicas chegava a 44,7% do total de alunos de nível superior do estado, que posicionava o Piauí com o segundo maior indicador do país. Em 2023, o indicador do estado caiu para 42,1%, deixando o Piauí na terceira colocação. Assim, em 2023, a maior parte dos alunos de curso superior, cerca de 57,9%, estudavam em instituições de ensino particular.

Em 2023, as unidades da federação com os maiores indicadores de alunos em curso superior em universidades públicas foram o Rio Grande do Norte, com 50,3%, seguido da Paraíba, com 46,8%. Os estados com os menores indicadores foram: São Paulo, com 15,4%, e o Espírito Santo, com 19,8%. A média registrada para o Brasil foi de 26,1%.

Para os cursos de especialização, mestrado e doutorado, a presença de alunos em instituições de ensino público também era em menor proporção. Assim, no Piauí, em 2016, cerca de 36,2% dos estudantes daqueles cursos frequentavam instituições públicas de ensino, indicador que caiu para cerca de 30,4% em 2023.


No tocante aos demais níveis de ensino, a escola pública é a responsável por receber a maior parte dos estudantes piauienses. Assim, a creche e a pré-escola públicas no Piauí, em 2016, acolhiam 75,5% dos alunos, indicador que elevou-se para 81,9% em 2023. No ensino fundamental, em 2016, a escola pública recebia cerca de 87,4% dos alunos do estado, indicador que caiu para 82,1% em 2023. No ensino médio, em 2016, a escola pública acolhia 90,9% dos alunos piauienses, indicador que caiu para 89,5% em 2023.


Em 2023, no Brasil, as instituições públicas de ensino apresentaram os seguintes indicadores de acolhimento de alunos: creche e a pré-escola (77,5%); ensino fundamental (82,3%); ensino médio (87%); ensino superior-graduação (26,1%); e especialização, mestrado e doutorado (25,9%).

Taxa de analfabetismo apresenta redução no Piauí em 2023

Em 2023, a taxa de analfabetismo no estado do Piauí ficou em 13,3% da população de 15 anos ou mais de idade, apresentando uma queda de 1,5 ponto percentual quando comparada à taxa registrada em 2022, da ordem de 14,8%. Ao longo da série histórica, a partir do ano de 2016, quando a taxa de analfabetismo havia sido de 16,1%, percebe-se uma queda gradual ano a ano, culminando com uma queda acumulada da taxa de analfabetismo de 2,8 pontos percentuais até o ano de 2023. São informações da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) do IBGE, em seu módulo de educação.

A taxa de analfabetismo do Piauí em 2023 só foi inferior à observada para o estado de Alagoas, que registrou 14,2%. A média da taxa de analfabetismo no Brasil ficou em 5,4% e as unidades da federação com as menores taxas de analfabetismo foram: o Distrito Federal, com 1,7%; e o Rio de Janeiro e Santa Catarina, ambos com 2,0%.

Apesar da taxa de analfabetismo para o Piauí em 2023 ter sido de 13,3% da população, esse indicador apresenta uma variação de acordo com a cor ou raça da população. Assim, a população preta ou parda registrou uma taxa de analfabetismo de 13,8%, enquanto a população branca apresentou uma taxa de 11,1%, o que representa 2,7 pontos percentuais de diferença.

Também se observa uma diferença na taxa de analfabetismo quanto ao sexo. Em 2023, os homens piauienses registraram uma taxa de analfabetismo de 14,8%, enquanto as mulheres de 11,8%, uma diferença de 3 pontos percentuais.

Em 2023, a taxa de analfabetismo para a população idosa piauiense, de 60 anos ou mais de idade, foi de 35,5%, o que representou uma queda de 4,9 pontos percentuais ante a taxa observada em 2022, quando havia chegado a 40,4%. Em 2023, a taxa de analfabetismo do Piauí só foi inferior à do estado de Alagoas, que registrou 38,7%. A média observada no Brasil ficou em 15,4% e as unidades da federação com os menores indicadores foram: Rio de Janeiro, com 5,1%, e Santa Catarina, com 6,4%.

Fonte: IBGE - Imagem: Seduc




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