Abolição só no papel, roto e amarelado


Há 130 anos, que se completaram no dia 13 de maio de 2018, o Brasil viria a conhecer na prática a Lei Áurea, assinada em discurso emocionado pela Princesa Isabel, do Brasil Império, e virava a página da escravidão, como o último país a abandonar a prática. Será?

Artigo do site Carta Capital revela que a existência da escravidão moderna no Brasil foi reconhecida formalmente apenas em 1995, na gestão de Fernando Henrique Cardoso (PSDB), quando foi formado o primeiro Grupo Executivo de Repressão ao Trabalho Forçado.

Nos governos de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), medidas anteriores foram mantidas e aprimoradas, e novas iniciativas foram criadas, a exemplo da lista-suja do trabalho escravo. Inaugurada em 2003, ela expõe ao público as empresas responsáveis pela escravidão moderna e ainda as impede de obter empréstimos de bancos públicos.

Neste período, cerca de 50 mil trabalhadores foram resgatados de condições análogas à escravidão.

Esse é o Brasil de raiz escravocrata. Herança, não de Portugal, mas de uma elite que continua a enxergar o negro, o índio, as mulheres como instrumento, como ferramenta de trabalho ao seu enriquecimento. O próprio Senado Federal publica matéria que mostra a trajetória desse mal que, ao que parece, persistirá por 130 anos ou mais. Acompanhe.

Senado e Câmara aprovaram Lei Áurea em 5 dias


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